20080223

3.42 aftermath



o calendário "primaveril" está quase a virar mais uma página, num sistema automático de sucessão autocrática temporal! por outras palavras, os anos surgem na nossa "caixa do correio" como as contas da EDP! há uns anos atrás diria mais que surgem como as entregas de projecto...
e na véspera desta ocasião tenho por hábito, também ele automático, de fazer uma revisão ao estado das coisas. um pouco a semelhança daquilo que comummente acontece nas passagens de ano!
blah blah blah e todas aquelas listas de supermercado de coisas a fazer na nova etapa, no novo ano, no novo qualquer coisa. uma lista de coisas mais ou menos exequíveis...com uma única finalidade... evoluir.
evoluir é algo muito ambíguo, pois tanto pode ser para melhor como pode ser o bilhete de ida para o abismo da desorientação.
na lista incluem-se coisas, na maior parte das vezes repescadas de ditados populares, e outras cartilhas e bulas de comportamento.... só isto dava assunto para um bom quilometro e meio de palavreado... mas hoje não estou para ai virada!
e depois há a passagem obrigatória pelos arquivos no sótão cheio de aranhas e 10 cm de pó compacto aka passado... qual balanço de mercearia! mmhmh o ano que passou venderam-se muitas maçãs, as peras nem por isso, o leite esteve em alta, e a carne está mais cara!
hoje decididamente estou no dia da metáfora e da analogia! hehehe como sempre...
passam-se horas e dias a pensar nos ques e porquês, e separam-se, mentalmente, os pólos positivos e os pólos negativos, como e a vida de repente passa-se a ser uma balança magnética.
.... bem esta parte desenvolvo depois!
fala-se demais quando se não deve, e de menos quando se deve!
em vez das cartilhas e listas de supermercado de coisas completamente idiotas e fúteis e totalmente irreais a fazer no novo ano, é hora de arranjar o jardim. a terra é a mesma, mas as flores precisam de agua e sol... se não se fertiliza acabam por definhar e morrer.
não é andar à deriva...bem longe disso... mas fui aprendo que planear excessivamente as coisas eleva a expectativa para níveis incomportáveis de aguentar durante muito tempo, bem como retira completamente o factor surpresa! surpresas para nós próprios...
porque afinal de contas adormece-mos e acordamos sempre com a mesma pessoa aconteça o que acontecer...aquela que está do outro lado do espelho!
...
não é de todo o caminho para a constante insatisfação! acho que isso e como a história do meio copo cheio e meio copo vazio! eu vejo a coisa mais como o caminho para a constante evolução. a satisfação vai acontecendo pelo meio à medida que a experiência, a sensibilidade e a emoção nos vão ensinando que a vida não é uma mera balança magnética e que a felicidade não nos bate a porta porque a trilogia Pensar-Falar-Agir funciona em circuito interrompido, ou então, é demais quando não devemos, de menos quando devemos.


balelas psicanalíticas a parte ( como as acima descritas) espero que os 28 anos me assentem que uma LUVA, e que fique com cãibras nos maxilares por andar com um sorriso na cara, simplesmente porque me SINTA BEM.

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